Mais uma sexta-feira chegando e com ela mais uma semana gringa, com tudo que foi destaque na escalada internacional nos últimos sete dias. Com o inverno se aproximando do hemisfério norte, as cadenas deram uma esfriada, mas ainda teve gente escalando forte e fazendo manchetes por ai.

O maior destaque da semana, creio eu, vai para o jovem alemão Alexander Megos (quem se lembra dele de um vídeo alemão de treinamento?). O loirinho magricela de apenas 19 anos que foi um dos destaques do Kalymnos Climbing Festival, dividindo o primeiro lugar com Yuji Hirayama e Gabriele Moroni, esteve de passagem pelos Estados Unidos, onde fez bonito durante a semana. Logo de cara, em Rumney, New Hampshire, Megos encadenou a via The Fly 11c (9a fr; 5.14d us), sua segunda via nessa graduação. Fugindo da umidade deixada pelo furacão Sandy, Megos seguiu para o pico do momento dos EUA, Red River Gorge. Lá ele conseguiu a impressionante cadena em flash da via Pure Imagination 11b (8c+ fr; 5.14c us), e ainda mais cinco cadenas nessa graduação, entre elas outra famosa do lugar, a Golden Ticket. Mas acha que foi só isso? Ele também anotou vários 10c à vista, incluindo Omaha Beach, Transworld depravity e 100 ounces of gold. Esse moleque vai longe!

Outros nome conhecidos que também andaram passeando pelo nono grau francês essa semana foram o alemão Christian Bidhammer, o japonês Shoda Shinichi e o espanhol Ramon Julian, voltando à rocha depois de uma temporada frustrante de competições. Christian Bidhammer fez a primeira ascensão da via Iron Dome 11c, em Allgäu na Alemanha. Shoda Shinichi conseguiu a cadena da via Era Vella em Margalef, carimbando o seu primeiro 11c, grau já mais do que comum para o espanhol Ramon Julian, que também em Margalef encadenou a via Enemigo Público Nº 1 11b/c. Ramon agora deve se concentrar completamente na rocha, onde pretende escalar seu primeiro 12b (9b fr; 5.15b us), como ele afirmou em recente entrevista ao portal Desnível.

Do outro lado do atlântico, mas muito mais perto do pacífico, o “Dream Team” da escalada americana que tentava o monumental projeto em Yosemite, Tommy Caldwell, Kevin Jorgenson e Jonathan Siegrist, mais uma vez não conseguiram liberar o projeto Dawn Wall. Embora tenham conseguido bastante progresso em várias das cordadas, já se sentindo pronto para tentar a via desde baixo, mas o clima outra vez se interpôs à equipe, com a previsão de neve outra vez abortando o sonho de Tommy Caldwell e empurrando o projeto para a próxima temporada.

Por essa semana é só pessoal, espero que tenham gostado, e se quiserem, confiram as notícias originais nas fontes ai embaixo.

Fontes: Desnível, Desnível, Desnível

 

 

 

Esse final de semana a Copa do Mundo de Dificuldade teve sua última etapa na cidade eslovena de Kranj. Depois de 8 etapas o título ainda permanecia em aberto, tanto no lado masculino quanto no feminino. Entre os homens a disputa era entre o japonês Sachi Ama e o espanhol Ramon Julian, enquanto entre as mulheres a disputa ficava entre a coreana Jain Kim e a eslovena Mina Markovic. Tanto Mina quanto Ramon estavam em vantagem em relação aos seus oponentes, bastanto terminar à frente dos mesmos. Mas é claro que não seria tão fácil assim.

Os primeiros a escalar foram os homens. O canadense Sean McColl ficou de fora das finais e desperdiçou a chance de lutar pelo terceiro lugar com Jakob Schubert. Hyunbin Min foi o primeiro a entrar e surpreendentemente caiu muito cedo, ainda na agarra 16. O primeiro a puxar o nível foi o holandês Jorg Verhoeven, fazendo a difícil saída do teto e quase ficando na próxima agarra. Magnus Midtboe repetiu o desempenho de Jorg e ficou na mesma agarra, enquanto o francês Romain Desgranges se complicou nas passadas do teto e não avançou. Foi então a vez do austríaco Jakob Schubert, que escalando nitidamente relaxado, sem a pressão de estar brigando pelo título, escalou de forma segura e chegou onde nenhum outro escalador chegou, ultrapassando o ponto mais alto alcançado por todos e caindo na última sessão de movimentos duros, garantido a primeira colocação na etapa.

Era a vez de Sachi Ama escalar. Apesar de parecer bastante sólido ele acabou caindo no mesmo movimento que derrubou Magnus e Jorg, deixando Ramon Julian numa ótima posição para conseguir o título. Bastava a Ramon apenas repetir o resultado do japonês. Mas não foi isso que aconteceu. Repetindo o ocorrido na final do Mundial em Paris, Ramon ficou confuso em um trecho ainda bastante baixo da parede, retornando para uma posição de descanso e tentando refazer o movimento. Mas o claro erro de leitura acabou derrubando Ramon, que terminou a etapa apenas em sétimo lugar, deixando o título nas mãos de Sachi Ama, que fica assim com sua primeira Copa do Mundo.

No feminino a primeira a escalar foi a japonesa Akyo Noguchi, que apesar de ter escalado bem, não conseguiu chegar na sessão que definiria o resultado. Maja Vidmar foi a primeira a chegar no que seria o “crux” da via o que lhe deixou na primeira posição durante toda a final, apenas aguardando a vez de Jain Kim e Mina Markovic. Mas Momoka Oda veio antes das duas e repetiu o desempenho de Maja e assumindo a liderança pelo resultado da semifinal. Mina Markovic foi a penútima a escalar, e com a confiança de quem queria o título seguiu firme até o mesmo ponto na parede que havia derrubado Maja e Momoka, assumindo por sua vez a primeira colocação.

Faltava apenas a coreana Jain Kim, que precisava do primeiro lugar para ficar com o título da Copa do Mundo. Jain escalou muito bem até o trecho decisivo, entrando para fazer o movimento do mesmo modo que Mina, usando o calcanhar na aresta, mas se complicou na hora de liberar o pé e acabou caindo apenas uma agarra atrás de Mina, o que obviamente não era o suficiente, deixando o título com a eslovena que ganha pela segunda vez uma Copa do Mundo em frente da sua torcida.

Copa do Mundo de Dificuldade – 9ª Etapa, Kranj

Masculino

1. Jakob Schubert (AUT)

2. Sachi Ama (JAP)

3. Magnus Midtboe (NOR)

Feminino

1. Mina Markovic (ESL)

2. Momoka Oda (JAP)

3. Maja Vidmar (ESL)

 

Ranking geral 2012

Masculino

1. Sachi Ama (JAP) – 600 pts

2. Ramon Julian (ESP) – 568 pts

3. Jakob Schubert (AUT) – 538 pts

4. Sean McColl (CAN) – 475 pts

5. Romain Desgranges (FRA) – 402 pts

6. Jorg Verhoeven (HOL) – 390 pts

Feminino

1. Mina Markovic (ESL) – 675 pts

2. Jain Kim (COR) – 617pts

3. Johanna Ernst (AUT) – 522 pts

4. Momoka Oda (JAP) – 430 pts

5. Helene Janicot (JAP) – 422 pts

6. Charlotte Durif (FRA) – 338 pts

 

Confira abaixo na íntegra o vídeo da final:

Esse final de semana rolou a penúltima etapa da Copa do Mundo de Dificuldade, na cidade de Inzai, no Japão. Essa etapa, a oitava de nove, era extremamente decisiva para a definição do ranking final, já que apenas os 8 melhores resultados são levados em consideração para o ranking. Ou seja, ir mal nessa etapa, era praticamente jogar fora todo o trabalho feito nas etapas anteriores.

Entre os homens, a disputa principal era entre Ramon Julian e Sachi Ama. Sachi chegou nesse etapa em casa na liderança do ranking. Uma vitória aqui praticamente colocaria o título nas mãos do japonês. Mas Ramon parecia determinado a não deixar isso acontecer, e começou fazendo bem o trabalho passando em primeiro para a final, com Sachi Ama passando em terceiro. Durante a final, o primeiro escalador a entrar na via, o francês Romain Desgranges, quase faz top, caindo faltando apenas uma agarra. O alerta piscou. Estaria a via fácil demais? O próximo a escalar foi o canadense Sean McColl, que confirmou a suspeita e fez top na via. O que se viu em seguida foi uma série de tops. Hyunbin Min, Magnus Midtboe, Mario Lechner, Sachi Ama, Jakob Schubert e finalmente Ramon Julian, que garantiu a vitória e reassumiu a liderança do ranking.  Sachi Ama ficou com a terceira colocação, com o austríaco Jakob Schubert em segundo.

Ter vencido em Inzai, contudo, não garante o título a Ramon,  apenas o deixou numa ótima posição na briga pelo título. Caso termine na frente de Sachi Ama na última etapa em Kranj, em qualquer colocação, Ramon será o campeão da Copa do Mundo. Já Sachi Ama, tem que terminar na frente de Ramon Julian, custe o que custar. Se a diferença entre os dois for de apenas uma posição, Sachi fica com o título se terminar até em terceiro e Ramon em quarto. A partir daí, Sachi tem que manter uma distância de duas posições para garantir o título.

Já no lado feminino, a líder depois das sete últimas etapas era a eslovena Mina Markovic, seguida de perto da coreana Jain Kim, que vinha com moral após ter conseguido a vitória em casa na etapa passada. Para felicidade de Jain, Mina não foi muito bem nas semifinais e acabou passando para a final em sétimo, enquanto Jain garantiu a primeira posição. Ou seja, se ambas conseguissem top, a vitória ficaria com a coreana. A primeira a escalar foi a francesa Charlotte Durif, que foi muito bem na via e chegou perto do top. Mina veio em seguida, e escalando de forma perfeita conseguiu o top na via, jogando para Jain Kim a responsabilidade de terminar a via para ganhar. Todas as outras escaladoras foram bem, e chegaram a poucas agarras do fim. Então chegou a vez de Jain Kim escalar. Também escalando sólida e com bastante técnica ela chegou na última agarra, mas caiu sem dominar e sem clipar a última costura, ficando com o segundo lugar. Um alívio para Mina, que agora ficou com as mãos no título. Se Mina ficar na frente de Jain, em qualquer posição na última etapa, ela fica com o título. Para Jain ganhar, ela precisa terminar em primeiro ou segundo. Em primeiro, não importa a posição de Mina, Jain ganha, pois elimina uma pontuação muito ruim e coloca uma muito boa. Já se Jain terminar em segundo, ela precisa torcer para Mina não terminar em terceiro. Qualquer outra posição de Jain, dá o título para Mina, independente da colocação da eslovena. Vale lembrar que Mina estará escalando em casa, com o apoio da torcida!

Copa do Mundo de Dificuldade – 8ª Etapa, Inzai

Masculino

1. Ramon Julian (ESP)

2. Jakob Schubert (AUT)

3. Sachi Ama (JAP)

Feminino

1. Mina Markovic (ESL)

2. Jain Kim (COR)

3. Maja Vidmar (ESL)

Ranking geral (8 de 9 etapas)

Masculino

1. Ramon Julian (ESP) – 539 pts

2. Sachi Ama (JAP) – 520 pts

3. Sean McColl (CAN) – 447 pts

4. Jakob Schubert (AUT) – 438 pts

5. Romain Desgranges (FRA) – 389 pts

6. Hyunbin Min (COR) – 345 pts

Feminino

1. Mina Markovic (ESL) – 630 pts

2. Jain Kim (COR) – 597 pts

3. Johanna Ernst (AUT) – 510 pts

4. Helene Janicot (FRA) – 422 pts

5. Momoka Oda (JAP) – 350 pts

6. Charlotte Durif (FRA) – 331 pts

A última etapa da Copa do Mundo de Dificuldade acontece nos dias 17 e 18 de Novembro, na cidade eslovena de Kranj! Para os resultados completos acesse: www.ifsc-climbing.org

 

Aproveitando o apoio da torcida, que compareceu em peso na 7ª etapa da Copa do Mundo de Dificuldade, que aconteceu esse final de semana na cidade de Mokpo na Coreia do Sul, a dupla coreana Hyunbin Min e Jain Kim superaram os oponentes e foram os grandes vencedores.

Hyunbin Min surgiu como um azarão nessa etapa, surpreendentemente superando atletas que estão na briga pelo título geral da Copa do Mundo, mas ainda permanecendo sem chance de pódio no ranking geral. O segundo colocado nessa etapa, apenas uma agarra atrás de Hyunbin Min, foi o japonês Sachi Ama, que com a posição reassumiu o primeiro lugar geral do ranking à frente do espanhol Ramon Julian, que por sua vez não foi muito bem nessa etapa, ficando apenas com a quinta posição. Outros que não se deram muito bem foram o austríaco Jakob Schubert, que ficou com a sexta colocação, e o francês Romain Desgranges, que depois de dois pódio seguidos, nem sequer passou para as finais nessa etapa.

Jain Kim, que vem na briga pelo título geral, conseguiu a terceira vitória desse ano na Copa do Mundo, e diminuiu a vantagem para a eslovena Mina Markovic, que apesar do segundo lugar na etapa ainda continua em primeiro lugar geral no ranking. Mina é de longe a escaladora mais regular da temporada, com uma vitória, quatro segundos e dois quartos lugares. A terceira colocação em Mokpo ficou com a russa Dinara Fakhritdinova, que conseguiu o seu primeiro pódio na temporada, mas não tem chances de vitória no ranking geral. A outra escaladora disputando o título, Johanna Ernst, não foi bem na etapa e amargou o oitavo lugar, distanciando-se assim de Mina Markovic e de Jain Kim no ranking geral.

No próximo final de semana a Copa do Mundo de Dificuldade realiza sua penúltima etapa em Inzai no Japão, e volta para a europa para a última etapa do ano em Kranj na Eslovênia, onde finalmente vamos conhecer os vencedores desse ano.

 

Esse final de semana a Copa do Mundo de Dificuldade cruzou o atlântico e foi até os Estados Unidos para realizar sua quinta etapa. Diferente de outras etapas americanas no passado, dessa vez vários grandes nomes europeus estiveram presentes. Mas não é pra menos. A disputa pelo título esse ano está acirrada e perder uma etapa pode significar uma má colocação na classificação geral. E na casa do Tio Sam quem se deu melhor foi o espanhol Ramon Julian e a coreana Jain Kim.

As competições de dificuldade nos Estados Unidos sempre são um pouco estranhas devido aos muros não serem tão altos, o que acaba obrigando os routesetters a criarem vias com travessias, e trechos de descida que realmente não fica tão legais num campeonato. E dessa vez não foi diferente. Ambas as vias, do masculino e feminino, eram vias bastante longas (mais de 60 movimentos) que se valiam de trechos de travessia para alcançarem o comprimento ideal. Mas ainda assim, os atletas deram um belo espetáculo, com os tops surgindo apenas na final masculina.

Ramon Julian foi um dos que conseguiu o top, escalando muito sólido e confiante. Devido ao seu melhor resultado nas semifinais, ficou com mais essa vitória nessa etapa, encostando em Sachi Ama na classificação geral. Em segundo ficou o austríaco Jakob Schubert, que também conseguiu o top, mas depois de uma bela briga. Em um lance da travessia para entrar no trecho vertical final Jakob perdeu os pés e por pouco não cai. Depois de ter usado bastante força para ficar na parede, parecia inconcebível que ele conseguiria chegar no ponto mais alto. Mas mostrando porque é o campeão mundial, Jakob relaxou, descansou o máximo que pode onde a via permitiu, e tocou até o top, levantando o público. Em terceiro lugar ficou o francês Romain Desgranges, confirmando a sua boa fase nessa temporada.

No feminino, a primeira a puxar o nível na via foi a eslovena Mina Markovic, ainda se recuperando da lesão que a deixou de fora do mundial. Escalando com a calma inabalável de sempre, e no seu estilo altamente técnico e controlado, Mina alcançou a pontuação de 59+, deixando a missão de chegar mais alto para as restantes Jain Kim, Maja Vidmar e Helene Janicot. Mas dessas apenas a coreana conseguiu chegar tão alto, alcançando também a pontuação de 59+, e ficando em primeiro pelo melhor resultado nas semis. Mesmo em segundo lugar, Mina Markovic ainda conseguiu manter o primeiro lugar geral na classificação. Em terceiro ficou a também eslovena Maja Vidmar.

A Copa do Mundo agora vai fazer uma passagem pela Ásia, com etapas na China, Coreia e Japão, para então voltar para a Europa,  finalizando com a já tradicional etapa em Kranj, na Eslovênia.

Copa do Mundo de Dificuldade – 5ª Etapa, Atlanta

Masculino

1. Ramon Julian (ESP)

2. Jakob Schubert (AUT)

3. Romain Desgranges (FRA)

Feminino

1. Jain Kim (COR)

2. Mina Markovic (ESL)

3. Maja Vidmar (ESL)

Ranking Geral (5 de 9 Etapas)

Masculino

1. Sachi Ama (JAP) – 375 pts

2. Ramon Julian (ESP) – 374 pts

3. Romain Desgranges (FRA) – 264 pts

4. Jakob Schubert (AUT) – 256 pts

5. Sean McColl (CAN) – 239 pts

6. Magnus Midtboe (NOR) – 230 pts

Feminino

1. Mina Markovic (ESL) – 370 pts

2. Jain Kim (COR) – 352 pts

3. Johanna Ernst (AUT) – 315 pts

4. Helene Janicot (FRA) – 300 pts

5. Momoka Oda (JAP) – 244 pts

6. Charlotte Durif (FRA) – 214 pts

Uma semana depois do Campeonato Mundial de Escalada em Paris, as disputas da Copa do Mundo estão de volta. Nesse final de semana aconteceu a terceira etapa, que rolou na cidade belga de Puurs. Angela Eiter, campeã mundial em Paris, não participou dessa etapa, deixando o caminho livre para a coreana Jain Kim dominar a disputa e ficar com a vitória. Mina Markovic, que não esteve presente no Campeonato Mundial em Paris devido a uma lesão, participou desse etapa, terminando em quarto lugar e ainda mantendo a liderança do ranking após 3 etapas. Seguindo Mina de perto, está a autríaca Johanna Ernst, que ficou em segundo nessa etapa. A austríaca Magdalena Röck ficou com a terceira colocação e se mantém viva na briga pelo título.

Na disputa masculina, a grande surpresa foi a desclassificação de Jakob Schubert, campeão mundial em Paris. Ele seria o último a escalar na final masculina, mas foi impedido de entrar na via por ter recebido um cartão vermelho por ter olhado o celular. Jakob alegou que olhou apenas a hora, e o que o fiscal teria visto isso. Sean McColl, que junto com Jakob é o representante dos atletas junto ao IFSC, também criticou a decisão dos juízes e disse que um cartão amarelo seria suficiente. Sem Jakob no caminho, Ramon Julian pode se redimir do fraco resultado em Paris e ficar com a vitória dessa etapa, encostando em Sachi Ama no ranking, após o japonês ficar apenas com a quarta colocação. Cedric Lachat da Suiça foi o segundo colocado, com Romain Desgranges da França em terceiro.

A próxima etapa da Copa do Mundo de Dificuldade será  no próximo final de semana em Atlanta nos Estados Unidos.

Copa do Mundo de Dificuldade – 4ª Etapa, Puurs

Masculino

1. Ramon Julian (ESP)

2. Cedric Lachat (SUI)

3. Romain Desgranges (FRA)

Feminino

1. Jain Kim (COR)

2. Johanna Ernst (AUT)

3. Magdalena Röck (AUT)

 

Ranking Geral (4 de 9 Etapas)

Masculino

1. Sachi Ama (JAP) – 320 pts

2. Ramon Julian (ESP) – 274 pts

3. Magnus Midtboe (NOR) – 201  pts

4. Romain Desgranges (FRA) – 199 pts

5. Sean McColl (CAN) – 196 pts

6. Jakob Schubert (AUT) – 176 pts

Feminino

1. Mina Markovic (ESL) – 290 pts

2. Johanna Ernst (AUT) – 260 pts

3. Helene Janicot (FRA) – 253 pts

4. Jain Kim (COR) – 252 pts

5. Momoka Oda (JAP) – 244 pts

6. Charlotte Durif (FRA) – 183 pts

Assista a final completa abaixo e para os resultados completos acesse o site do IFSC.

A Copa do Mundo de Dificuldade chegou esse final de semana na sua segunda etapa, que aconteceu na cidade francesa de Briançon, e terminou com mais uma vitória do japonês Sachi Ama e da francesa Heléne Janicot, inaugurando pela primeira vez o polêmico desempate por tempo.

No masculino, depois de uma semifinal que quase deixou Jakob Schubert mais uma vez fora da final, a final foi extremamente emocionante. Como deve ser numa via final, os escaladores foram caindo cada vez um pouco mais longe. Um dos primeiros a escalar, Jakob Schubert parecia muito bem, e se tinha a impressão de que ele ia para o top, não fosse o tempo de 8 minutos ter se esgotado e ele ser obrigado a parar de escalar. Schubert só foi ultrapassado mais a frente por Sean McColl, que escalando rápido e bastante sólido passou o austríaco em uma agarra. Veio então o japonês Sachi Ama, e parecendo não fazer esforço algum foi escalando até o ponto mais alto já escalado, e avançando mais 3 agarras. Faltava apenas o espanhol Ramon Julian, que havia ficado em primeiro na semifinal. Ramon escalou como sempre, com técnica e confianças absurdas, mas acabou caindo bem antes, num lance mais esticado onde foi obrigado a dar um bote.

Já no feminino a coisa foi bastante embolada. Com vias extremamente fáceis e claramente mau construídas nas semis e na final, o que se viu foram várias escaladoras caindo exatamente na mesma agarra. Para se ter uma idéia, das 8 finalistas 4 ficaram empatadas com 55+ e as outras 4 em 53+. Considerando que a grande maioria havia feito top nas qualificatórias, ficava claro que a chance da final ser decidida pelo tempo era grande. E isso ficou ainda mais claro, quando logo a primeira escaladora da final caiu a duas agarras do top. O que vimos então na final foram as escaladoras passeando na via e chegando com facilidade ao final, com 5 escaladoras das 8 fazendo top. E foi ai que a grande novidade do IFSC para essa Copa do Mundo entrou em cena. Completamente empatadas na final  havia 3 escaladoras: Johanna Ersnt, Heléne Janicot e Katharina Posch. Katharina se atrapalhou numa passagem na metade da parede a acabou não fazendo top. A decisão ficava apenas entre Johanna e Heléne. Hélene escalou primeiro (e não posso dizer que escalou bem já que a câmera da transmissão ficou mostrando uma mochila no chão enquanto a francesa escalava) e fez top com ótimo tempo. Johanna entrou pra escalar já sabendo que o tempo podia ser fator determinante, e escalou rápido até o ponto que derrubou Katharina, onde ela também encontrou dificuldades e levou mais tempo para decifrar a sequência, mas ainda assim conseguindo superar o ponto e fazer também o top, mas não rápido o suficiente para tirar o título de Heléne Janicot.

O desempate por tempo que está sendo testado pelo IFSC nessa Copa do Mundo está dando muito o que falar. A escaladora Mina Markovic ao final da competição desabafou falando que a via da final estava muito fácil, e que é bom que haja tops, mas tantos assim talvez não seja o melhor caminho. A idéia de inserir o tempo como desempate surgiu após vários casos de empates em Copas do Mundo, coincidentemente na categoria feminina. O que muito se discute é se realmente é uma questão de usar  o tempo, ou se não se trata apenas de realmente melhorar as vias criadas para as mulheres de forma que separa melhor as escaladoras. A esperança é que essa idéia seja apenas um teste, e que ao final da Copa do Mundo o IFSC perceba que essa é a direção errada para contornar os problemas de empates entre as mulheres.

A Copa do Mundo de Dificuldade volta agora no começo de Agosto, para a terceira etapa a ser realizada em Imst na Áustria.

Copa do Mundo de Dificuldade – Briançon

Masculino

1. Sachi Ama (JAP)

2. Sean McColl (CAN)

3. Jakob Schubert (AUS)

4. Magnus Midtboe (NOR)

5. Romain Desgranges (FRA)

6.Stefano Ghisolfi (ITA)

7. Ramon Julian (ESP)

8. Hyunbin Min (COR)

Feminino

1. Heléne Janicot (FRA)

2. Johanna Ersnt (AUS)

3. Charlotte Durif (FRA)

4. Mina Markovic (ESL)

5. Momoka Oda (JAP)

6. Sasha DiGiulian (EUA)

7. Yuka Kobayashi (JAP)

8. Katharina Posch (AUS)

Para os resultados completos acesse o site oficial do IFSC.

 

Começou  a temporada da Copa do Mundo de Dificuldade 2012, e a primeira etapa do ano aconteceu na cidade berço do montanhismo francês, Chamonix. Juntamente com a primeira etapa de Dificuldade, também aconteceu a primeira etapa da Copa do Mundo de Velocidade (speed).

As qualificatórias da etapa de Dificuldade aconteceram na quinta-feira, sem muitas surpresas entre aqueles que passaram para final, tanto no masculino quanto no feminino. As semi-finais e finais aconteceram ontem, e foram bastante disputadas, terminando com as vitórias de Sachi Ama no masculino e Mina Markovic no feminino.

Nessa temporada a modalidade dificuldade traz novas regras. Acabou a pontuação por agarra tocada (o sufixo “-” na pontuação) valendo agora somente agarras dominadas e usadas. Mas a mudança mais radical ficou pelo novo sistema de desempate que leva em conta o tempo, mas não foi desse vez que vimos ele ser utilizado.

Durante as semifinais os routesetters prepararam vias bastante duras, tanto para homens quanto para mulheres. O grau aproximado das vias era de 10c (8b+ fr) para as mulheres e 11a (8c fr) para os homens. Com vias nesse nível apenas uma mulher e dois homens conseguiram fazer top. Entre as mulheres a autora da façanha foi a eslovena Mina Markovic, entre os homens o canadense Sean McColl e o austríaco Jakob Schubert.

Com o top de Schubert já se esperava o antecipado embate com o espanhol Ramon Julian na final, mas qual não foi a surpresa geral quando Schubert apareceu em 11º na classificação, ficando de fora da grande final. Ao que parece, Schubert teria apoiado em parte o pé em uma das chapas durante um “heelhook”, sendo assim contabilizada a última agarra tocada por ele antes disso. Sem Schubert, que foi o campeão ano passado tendo ganhado as primeiras quatro etapas da Copa do Mundo, a final parecia ficar agora entre Ramon e Sean McColl.

Nas finais femininas a via muito bem planejada foi derrubando as escaladoras cada vez um pouco mais alto, até chegar a coreana Jain Kim, que desgarrou das demais e assumiu a primeira colocação, permanecendo nela até a vez de Mina Markovic escalar. Mina escalou muito bem, mostrando ao mesmo tempo força e técnica, alcançou Jain Kim mas caindo exatamente na mesma agarra que a coreana. Mina desceu desanimada, achando que seu desempenho não seria suficiente para lhe garantir a vitória, e ficou surpresa com o resultado. Como Mina havia feito top na semi, o primeiro lugar ficou com ela, com Jain Kim em segundo e Momoka Oda do Japão em terceiro.

No masculino a mesma maestria na execução da via feminina se repetiu, com a exceção do francês Romain Desgranges, que surpreendentemente caiu logo no começo da via, num lance extremamente fácil. Ramon Julian, que foi o quinto a escalar, deixou bem para trás a agarra mais alta alcançada até ali, e parecia estar indo para o top. Mas faltando 7 agarras para o final ele caiu. Restava agora esperar pelos demais. O japonês Sachi Ama entrou para escalar confiante, e foi superando um a um os adversários até chegar ao ponto onde somente Ramon havia chegado. Um lance a mais e ele ficaria com o primeiro, e foi o que ele conseguiu. Sachi Ama desceu lider, mas ainda faltava o canadense Sean McColl, que levava a vantagem de ter feito top na semi. Sean escalou bem, mas não chegou a ameaçar os 2 primeiros, ficando com a terceira colocação.

Confira abaixo o vídeo com as finais na íntegra!

A Copa do Mundo de Dificuldade segue agora para Briaçon, onde acontece a segunda etapa no próximo final de semana.

Resultados

Masculino

1. Sachi Ama (JAP)

2. Ramon Julian (ESP)

3. Sean McColl (CAN)

4. Mikhail Chernikov (RUS)

5. Magnus Midtboe (NOR)

6. Thomas Ballet (FRA)

7. Thomas Tauporn (ALE)

8. Romain Desgranges (FRA)

Feminino

1. Mina Markovic (ESL)

2. Jain Kim (COR)

3. Momoka Oda (JAP)

4. Helene Janicot (FRA)

5. Magdalena Rock (AUS)

6. Sasha DiGiulian (EUA)

7. Evgenia Malamid (RUS)

8. Matilda Soderlund (SUE)

 

Depois de fazer a primeira repetição da via Catxasa 12a (9a+ fr; 5.15a us) sob um calor de quase 40º na semana passada, Ramon Julian retornou à via e dessa vez fez a primeira ascensão da extensão da linha aberta por Chris Sharma. A cadena saiu durante uma sessão de fotos.

Enquanto escalava novamente a via para as lentes do fotógrafo Carlos Pérez, Ramon mais uma vez encadenou o primeiro trecho (até a primeira parada) e se viu com condições de continuar. Motivado, ele seguiu em frente e conseguiu a cadena de toda a linha. Ramon graduou a via em 12a/b, tornando-a a linha a mais difícil de sua carreira até agora. Demonstrando estar em ótima forma, dois dias depois Ramon também encadenou o 12a da via Nit de Bruixes  em Margalef, aproveitando uma folga do típico calor do verão europeu.

As atenções de Ramon agora devem se voltar para a resina, onde ele vai tentar recuperar o título da Copa do Mundo de Dificuldade, perdido ano passado para o austríaco Jakob Schubert, assim como lutar pelo título do Mundial de Escalada em Paris,  no mês de Setembro. Alguém duvida que ele está em boa forma?

Fonte: Desnível

 

 

No último final de semana chegou ao final o 11º Campeonato Mundial de Escalada em Arco. Foram 10 dias de competições com mais de 130 atletas de vários países, competindo nas 3 modalidades da escalada esportiva de competição: Dificuldade (Lead), Boulder e Velocidade (Speed). Tivemos também a entrega dos já tradicionais Arco Rock Legends, prêmios que são oferecidos aos melhores escaladores do ano, tanto na rocha, quanto nas competições. Tivemos pela primeira vez na história um Campeonato Mundial de Paraescalada, mostrando que o nosso esporte também pode incluir os portadores de deficiências. E pra fechar tudo com chave de ouro, tivemos o tradicional duelo, que só acontece nas competições em Arco!

Durante esses 10 dias de competições deu pra sentir que a IFSC realmente quer investir pesado para colocar a escalada nos  jogos olímpicos de 2020. As competições foram muito bem organizadas  e muito bem transmitidas, com exceção das qualificatórias, que em geral tiveram uma transmissão bastante confusa pela internet. Mas nas semifinais e finais, que tiveram transmissão da TV italiana, o campeonato foi um espetáculo: câmeras de vários ângulos,  com uso até mesmo de gruas para acompanhar os escaladores na dificuldade,  replays dos melhores momentos e ótimos gráficos para mostrar os resultados e manter o espectador informado do desenrolar da competição. Realmente um nível de transmissão digno de olímpiadas. Mas vamos aos resultados e alguns comentários sobre as provas de dificuldade e o duelo.

A primeira modalidade a conhecer seus campeões foi o boulder, ainda no primeiro final de semana. O russo Dmitry Sharafutidnov foi quase perfeito, e ficou com o título, deixando o segundo lugar com Adam Ondra e o terceiro com o compatriota Rustam Gelmanov. O feminino teve a austríaca Anna Stöhr levando mais uma vez o título, deixando a americana Sasha DiGiulian em segundo e a alemã Juliane Wurm em terceiro. Mais detalhes da disputa do boulder aqui!

Durante a semana tivemos a entrega dos prêmios do Arco Rock Legends, o Salewa Rock Award, para o escalador(a) que mais se destacou na rocha durante o ano passado, e o La Sportiva Competition Award, para o escalador(a) que mais se destacou nas competições no ano que passou. Para o Salewa Rock Award foram indicados os escaladores Adam Ondra, Enzo Oddo, Chris Sharma, Gabriele Moroni e Sasha DiGiulian, o prêmio ficando pela terceira vez com o fenômeno tcheco Adam Ondra! Pelo La Sportiva Competition Award competiam o espanhol Ramon Julian, a coreana Jain Kim e também Adam Ondra. Mas dessa vez o prêmio ficou com o impressionante Ramon Julian!

A segunda modalidade a conhecer os seus campeões foi a velocidade! O título masculino ficou, pela terceira vez, com o chinês Qixin Zong, que cravou o cronômetro em 6.26s e marcou um novo recorde mundial. O segundo lugar ficou com o russo Stanislav Kokorin e o terceiro ficou com Danylo Boldyrev. No feminino o título foi para a russa Maria Krasavina, ficando em segundo a sua compatriota Anna Tsyganova e em terceiro a escaladora do Cazaquistão Tamara Kuznetsova. Na velocidade em equipe, que contava com times mistos, o time vencedor foi o Russia 2, formado pelos escaladores Sergey Sinitsyn, Ksenia Aleksseva, Evgeni Vaitcekhovskii. O time um da Ucrânia ficou em segundo, seguidos pelo time um da Rússia em terceiro.

Melhores momentos da final de velocidade

Chegamos então na modalidade que é considerada a principal da competição, vide o destaque que ela recebe e tendo o campeonato culminando com a decisão dos seus campeões: a dificuldade. As eliminatórias aconteceram na quinta-feira, e tiveram a participação dos brasileiros Cesar Grosso (Cesinha) e André Berezoski (Belê), para os homens, e Janine Cardoso e Thais Makino para as mulheres.

As qualificatórias aconteciam em dois grupos, escalando duas vias, e apenas os 26 primeiros passavam para a fase semifinal. Janine Cardoso e Thais Makino, apesar de escalarem bem, não obtiveram um bom resultado e ficaram de fora das semifinais, o mesmo acontecendo com Cesinha e Belê. Mas Cesinha merece um destaque, já que obteve, apesar de ficar de fora, uma boa colocação geral, ficando com o 37º lugar entre os 130 escaladores que competiram no masculino. Cesinha entrou na segunda via ainda com chances de passar, e foi bonito vê-lo escalar, lado a lado com Belê, buscando a classificação. Mas alguns pequenos erros, como demorar demais para clipar uma costura e ter dificuldades de desenroscar a perna da corda em outro instante, podem ter tirado a força que ele precisava para fazer o top, que estava muito perto.

Com isso progredimos para as semifinais, 26 escaladores e escaladoras, disputando apenas 8 vagas na grande final! E nessa fase, alguns favoritismos se confirmaram, como a presença de Adam Ondra, Ramon Julia, Jakob Schubert, Jain Kin, Angela Eiter e Johanna Ernst na final, assim como algumas surpresas. Caso da dupla russa de homônimos: Evgeny Zazulin e Ovchinnikov entre os homens e a austríaca Magdalena Röck se classificando em segundo para as finais. Ao final o time completo de finalistas ficou assim: Ramon Julian (ESP), Jakob Schubert (AUT), Adam Ondra (CZE), Hyubin Min (KOR), Magnus Midtböe (NOR), Manuel Romain (FRA), Evgeny Zazulin (RUS), Evgeny Ovchinnikov (RUS), entre os homens; e Jain Kim (KOR), Magdalena Röck (AUT), Johanna Ernst (AUT), Angela Eiter (AUT), Katharina Posch (AUT), Mina Markovic (SLO), Christine Schranz (AUT), Sasha DiGiulian (EUA), entre as mulheres.

Para as finais a IFSC mudou as regras. Agora cada escalador escala apenas uma via, e o desempate é feito pelo resultado da semi, e caso necessário, da qualificatória. Havendo empate em todas as fases, ai sim acontece uma super final.

Na final feminina, nenhuma das competidoras conseguiu o top, o que foi uma pena, e o título ficou com a única escaladora que conseguiu transpor o que era claramente o crux da via, já quase no final. Essa escaladora foi Angela Eiter, que diferente das demais escaladoras, não tentou um movimento dinâmico e buscou uma solução estática para o lance, passando e progredindo mais um pouco, mas caindo antes do top. Tudo que ela precisou fazer foi sentar no “canto do líder” e ver suas adversárias cairem, uma atrás das outras, no mesmo lance. O segundo lugar ficou com a coreana Jain Kim e o terceiro com a também austríaca Magdalena Röck.

Angela Eiter na via final

A final masculina foi um espetáculo! Cada escalador que entreva ia um pouco mais longe na via, o que só aumentava a expectativa pelo top, que só começou a ficar mais próximo com o 5º escalador a entrar, Magnus Midtboe. Depois dele vieram os 3 principais candidatos ao título: Adam Ondra, Jakob Schubert e Ramon Julian. Com um detalhe, Ramon Julian e Jakob Schubert estavam empatados em tudo, e o mesmo resultado na final significaria o desempate na super final! Seria emocionante!

Mas o primeiro a querer estragar essa grande final foi Adam Ondra. Mostrando uma grande técnica e experiência, apesar da pouca idade, Ondra soube usar muito bem os descansos que a via proporcionava e foi passando todos os lances que haviam derrubado os escaladores antes dele até chegar no último movimento. Tudo parecia indicar que ele faria o top, mas na tentativa de dominar a última agarra Ondra caiu, apenas tocando a agarra do top!

Logo depois veio Jakob Schubert, que escalou com Adam Ondra assistindo no “canto do líder”. O também jovem escalador austríaco progrediu muito bem, mostrando segurança em todos os movs, e alcançou o mesmo ponto que Ondra e também não fez o top. Os dois ficaram com a mesma pontuação, mas o desempenho melhor de Schubert nas fases anteriores o deixava em primeiro, para desespero de Ondra, que agora teria que se contentar com a prata, pelo menos, porque ainda faltava o grande favorito, Ramon Julian.

Ramonet, com chamam os espanhóis, entrou para escalar precisando do top para levar o título sem precisar do desempate da super final, e com uma escalada absolutamente perfeita, o espanhol de apenas 1,59m fez o top na via final e sagrou-se o grande campeão de dificuldade em Arco! Uma final realmente emocionante de se assistir!

Ramon Julian fazendo o top do título

Mas ainda faltava a cereja do bolo em Arco, a competição do duelo, que une técnica e velocidade numa só prova. Os 16 primeiros colocados na dificuldade se enfrentam aos pares, lado a lado, em duas vias idênticas, escalando guiando, e quem chegar primeiro no topo avança. Vale lembrar que as vias são as mesmas, tanto para os homens, quanto para as mulheres. É com certeza o modelo de competição que acho o mais emocionante de todos, e que deveria figurar no quadro de modalidades da IFSC.

No início das disputas as mulheres tiveram dificuldades com um lance mais esticado na metade da via, e várias caíram ali, inclusive a campeã Angela Eiter. Esse lance deu margem para uma cena engraçada, na disputa entre Sasha DiGiulian e Alexandra Eyer (se não me engano), em que Sasha DiGiulian chega no lance primeiro, percebe a dificuldade, e aguarda a adversária tentar na frente! A adversária, tenta e cai, e ela tenta em seguida e consegue passar o lance. No final, o ouro no duelo feminino ficou com a russa Yana Chereshneva, vencendo Johanna Ernst na disputa final. Sasha DiGiulian bateu Mina Markovic na disputa do terceiro lugar e ficou com o bronze. Na disputa masculina o ouro ficou com Adam Ondra (que aparentemente não queria deixar Arco de mãos abanando) que bateu o alemão Thomas Tauporn na final. O bronze ficou com Jakob Schubert que venceu o francês Manuel Romain na disputa pelo terceiro lugar!

Final feminina do Duelo

Final masculina do Duelo

Nos resultados finais da competição Adam Ondra ficou com o primeiro lugar combinado entre os homens, enquanto entre as mulheres o título combinado foi para a americana Sasha DiGiulian. O título por países ficou com a Rússia!

Para conferir os resultados completos de todas as modalidades, acesse o site da IFSC!

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